Ver num grão de areia um mundo
numa flor um céu profundo ;
ter na mão a infinidade,
num minuto a eternidade...
O morcego que volita
pela noite, esse acredita;
mas a coruja que grita,
porque não crê anda aflita...
Olha a dor: é um tecido
com a alegria:um vestido
para a alma. Sob a dor
sempre a alegria anda à flor...
Cada lágrima chorada
Torna-se em criança alada...
Balir, uivar -que sei eu?
ondas a bater no céu...
Quem duvida do que vê,
por mais que faça, não crê.
Olha o sol, se duvidava:
Logo,logo se apagava...
Deus é clarão na amargura
das almas da noite escura;
veste o manto de Jesus
para as que vivem à luz.
(William Blake-1757-1827)
numa flor um céu profundo ;
ter na mão a infinidade,
num minuto a eternidade...
O morcego que volita
pela noite, esse acredita;
mas a coruja que grita,
porque não crê anda aflita...
Olha a dor: é um tecido
com a alegria:um vestido
para a alma. Sob a dor
sempre a alegria anda à flor...
Cada lágrima chorada
Torna-se em criança alada...
Balir, uivar -que sei eu?
ondas a bater no céu...
Quem duvida do que vê,
por mais que faça, não crê.
Olha o sol, se duvidava:
Logo,logo se apagava...
Deus é clarão na amargura
das almas da noite escura;
veste o manto de Jesus
para as que vivem à luz.
(William Blake-1757-1827)