"Você sabe de onde eu venho?
Venho do morro, do engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é de mais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Da pampa, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Vendo a minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mimn,
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim.
Você sabe de onde eu venho?
De uma pátria que eu tenho
No bojo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi tomando até geito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina,
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá."
(Guilherme de Almeida)
Venho do morro, do engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é de mais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Da pampa, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Vendo a minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mimn,
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim.
Você sabe de onde eu venho?
De uma pátria que eu tenho
No bojo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi tomando até geito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina,
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá."
(Guilherme de Almeida)