"O homem sonha acordado,
Sonhando a vida percorre
E deste sonho dourado
Só acorda quando morre.
Vim ao Mundo sem saber
Que vinha a ser o que sou;
Agora morro sem querer
E sem saber para onde vou.
Na morte há tanta alegria
Tanto desgosto e prazer,
Como os que a gente sentia
Anos antes de nascer.
Não mais vem , como desejo,
Um mundo novo, perfeito;
Só fechando os olhos , vejo
Tal desejo satisfeito...
P'ra provocar ódio e ira
Ao cinismo e à vaidade,
Cuspo na face à mentira,
Beijando os pés à verdade
Deixa o Mundo mal ou bom...
Não sofras por ele, amigo;
Não te preocupes com
Quem não se preocupa contigo.
Se já sofreste , não chores,
Que a vida passa depressa...
Vamos ter dias melhores
E o passado pouco interessa.
O Mundo só pode ser
Melhor do que até aqui,
Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti.
Não sei se sei, sou dos tais
A quem pouco saber cabe;
Mas sei que é saber de mais,
A gente saber que sabe!
Vemos o fugaz encanto
Da vida- o que é falsidade
Na morte - que dura tanto,
Quanto dura a eternidade!
Ele há gente tão mesquinha,
De tão baixa condição...
Censuram a vida minha
Por não ser como eles são!
Não me dêem mais desgostos
Porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
A sofrer sem protestar!
Faz-te lobo traiçoeiro,
Inteligente e astuto...
Se dás a ver que és cordeiro
Não vives mais um minuto.
Nas tuas horas mais tristes ,
De mágoas e desenganos,
Pensa que já não existes,
Que morreste há muitos anos."
Sonhando a vida percorre
E deste sonho dourado
Só acorda quando morre.
Vim ao Mundo sem saber
Que vinha a ser o que sou;
Agora morro sem querer
E sem saber para onde vou.
Na morte há tanta alegria
Tanto desgosto e prazer,
Como os que a gente sentia
Anos antes de nascer.
Não mais vem , como desejo,
Um mundo novo, perfeito;
Só fechando os olhos , vejo
Tal desejo satisfeito...
P'ra provocar ódio e ira
Ao cinismo e à vaidade,
Cuspo na face à mentira,
Beijando os pés à verdade
Deixa o Mundo mal ou bom...
Não sofras por ele, amigo;
Não te preocupes com
Quem não se preocupa contigo.
Se já sofreste , não chores,
Que a vida passa depressa...
Vamos ter dias melhores
E o passado pouco interessa.
O Mundo só pode ser
Melhor do que até aqui,
Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti.
Não sei se sei, sou dos tais
A quem pouco saber cabe;
Mas sei que é saber de mais,
A gente saber que sabe!
Vemos o fugaz encanto
Da vida- o que é falsidade
Na morte - que dura tanto,
Quanto dura a eternidade!
Ele há gente tão mesquinha,
De tão baixa condição...
Censuram a vida minha
Por não ser como eles são!
Não me dêem mais desgostos
Porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
A sofrer sem protestar!
Faz-te lobo traiçoeiro,
Inteligente e astuto...
Se dás a ver que és cordeiro
Não vives mais um minuto.
Nas tuas horas mais tristes ,
De mágoas e desenganos,
Pensa que já não existes,
Que morreste há muitos anos."