O nome de Gustave Caillebotte, pintor, coleccionador e mecenas, está associado ao legado que levou o impressionismo aos museus franceses. Ao contrário da maioria do grupo de seus amigos impressionistas, Caillebotte era rico: a herança que o pai lhe deixou em 1874, permitiu-lhe manter a causa impressionista.Sem depender da venda dos seus próprios quadros, organizou e financiou exposições do grupo e foi comprando obras dos amigos que julgava mais difíceis de vender Nascido no seio de uma família enriquecida graças ao fabrico de mantas e material para o exército, Caillebotte cresceu na abundância.Como qualquer burguês da classe alta, recebeu uma educação privilegiada.A guerra franco-prussiana e a insurreição da Comuna surpreenderam-no preparando a licenciatura em direito.Em 1876 , após a morte do irmão aos 26 anos e pressentindo uma morte precoce, redigiu um testamento insólito, legando ao Estado a sua colecção de obras impressionistas , em contrapartida exigia que fossem expostas no Museu do Luxemburgo, consagrado aos artistas vivos e depois no Louvre.Este testamento, mostra não só a sua generosidade, mas também a sua clarividência.Não incluiu no legado nenhum quadro seu.