sábado, 20 de julho de 2013

A Velha Rabugenta (Um espelho para todos nós)

Quando uma velha senhora morreu na secção para o tratamento de doenças da velhice numa pequena clínica perto de Dundee, na Escócia, todos estavam convencidos de que ela não havia deixado nada de valor.
Então, quando as enfermeiras verificaram os seus poucos pertences elas encontraram um poema, a sua qualidade e conteúdo impressionaram todas as pessoas, e todas as enfermeiras queriam uma cópia do mesmo.
Uma delas levou uma cópia para a Irlanda. A única herança que a velha deixou aos seus sucessores foi publicada na edição  de Natal da notícia  da União para a Saúde Mental na Irlanda do Norte.
Este poema simples, mas eloquente, também foi apresentado em slides.
Portanto , esta velha senhora da Escócia, sem posses materiais para deixar ao Mundo, é a autora deste poema "anónimo" que circula na Internet.


"   A VELHA RABUGENTA

Que vêem amigas? Que vêem?
Que pensam quando me olham?
Uma velha rabugenta, não muito inteligente, de hábitos incertos, com seus olhos sonhadores fixos ao longe?

A velha que cospe comida, que não responde ao tentar ser convencida...
"De fazer um pequeno esforço?"

A velha , que  vocês acreditam que não se dá conta das coisas que vocês fazem, que continuamente perde a sua escova ou o sapato?

A velha , que contra sua vontade, mas humildemente lhes permite fazer o que queiram, que me banhem e me alimentem só para o dia passar mais depressa.

É isso que vocês  acham?
É isso que vocês vêem?
Se assim for, abram os olhos, amigas, porque isso que vocês vêem  não sou eu!

Vou-lhes dizer quem sou, quando estou sentada aqui, tão tranquila, como me ordenaram...

Sou uma menina de 10 anos, que tem pai e mãe, irmãos e irmãs que se amam.

Sou uma jovenzinha de 16 anos, com asas nos pés, e que sonha encontrar o seu amado.

Sou uma noiva aos 20 anos, que o coração salta nas lembranças, quando fiz a promessa, que me uniu até ao fim dos meus dias com o Amor da minha vida.

Sou ainda uma moça de 25 anos, que tem seus filhos, que precisam que os guie... Tenho um lugar seguro e feliz!

Sou uma mulher com 30 anos, onde os filhos crescem rápido, e estamos unidos com laços que deveriam durar para sempre...

Quando tenho 40 anos, meus filhos  já cresceram e não estão em casa, mas ao meu lado está meu marido, que me acalenta quando estou triste.

Aos 50, mais uma vez deixam os bébés comigo, os meus netos e de novo tenho a alegria das crianças, meus entes queridos junto a mim.

Aos 60 anos, sobre mim aparecem nuvens escuras, meu marido está morto e quando olho o meu futuro  arrepio-me toda de terror.

Os meus filhos foram-se,e agora têm os seus próprios filhos...
Então penso  em tudo o que aconteceu e no amor que conheci.

Agora sou uma velha.
Que cruel é a Natureza...
A velhice é uma piada que transforma um ser humano num  alienado.

O corpo murcha, os atractivos e a força desaparecem, ali onde uma vez esteve um coração agora há uma pedra.

No entanto, nestas ruinas, a menina de 16 anos ainda está viva. E o meu coração cansado, ainda está repleto de sentimentos, vivos e conhecidos.

Recordo os dias felizes e tristes.Em meus pensamentos volto a amar e a viver o meu passado.

Penso em todos esses anos, que foram ao meu tempo poucos e passaram muito rápido e aceito  o inevitável... Que nada pode durar para sempre.

Por isso abram seus olhos e vejam:Diante de vocês não está uma velha mal humorada.

Diante de vocês estou apenas "EU"...uma menina, uma mulher e senhora viva!...E com todos os sentimentos de uma vida... "

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Lembrem-se deste poema da próxima vez que encontrarem uma pessoa idosa, mal-humorada, não a rejeitem, sem olhar primeiro a sua alma jovem...
Vocês vão estar algum dia em seu lugar...